terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Uma Palavra qualquer

de palavras, não me vale mais,
palavras mentem e são infiéis,

as palavras são prostitutas, oras se encontram em meu domínio, oras no seu, no dele...
quem dá mais, leva um palavrão, sonoro, mas que não deixa de ser palavra, letra, símbolo, som.

palavras não me servem e não servem a um dono.
Dê a Jobim o que é de Vinicius.
palavras não querem ser, querem existir.

se eu cansei de ler a palavra "palavra" sei que ainda que ela se formará, com as mesmas sílabas em outro lugar...
enquanto houver palavra,haverá plágio, só o que está dentro da gente, o indízivel, vulgo sentimento, esse sim, não se copia, esse é tão nosso, tão inexplicável, que, se não alimentarmos, ele adoece e morre de fome e a gente nem percebe que está morrendo, quando vemos, acabou... 

antes desse para copiar os sentimentos, assim teríamos sempre a sensação certa para cada momento...já as palavras, estarão sempre materializadas para vosso conforto

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tem poesia,teimosia



Naquele tempo não tinha o que tem,
podia por dias ter algo além do que se vê,
visando algo ainda maior que estaria por vir, 
vindo em direção oposta à contra-mão,
manuseando momentos artesanais, inspirados em 
contradição, contradizendo o sentimento, os sentidos
e até mesmo a idéia base que era contradizer.

Dizendo apenas um segredo em forma de teimosia, tem poesia.

Tem poesia que quer nascer, mas teimosia jura que é 
prosa de se ler, à toa, em horas vagas,vagando em vagão de trem.
Te mando um sinal para descer, teimando minutos, não muitos,
mas suficiente para perceber que, para caber no tempo, basta a gente
ser.

E a gente é, a gente existe, paramos no tempo à tempos e sem direção.
o mundo acontece, o mundo revolta, o mundo acaba!
E o tempo paralelo,só se preocupa no sorriso amarelo, 
no afago na nuca, no fogo do gosto de lábios apaixonados.

E se na poesia, a teimosia reina,
no segredo, quando teima,
quem reina é o medo.